​Pais devem ter atenção com a escoliose congênita​

Deformidade na coluna dos recém-nascidos é silenciosa e exige cuidados para assegurar a vida​

O Dia das Crianças é uma data para lembrar os direitos à qualidade de vida dos bebês. Entre os diversos cuidados, está a atenção a uma deformidade silenciosa, que acomete a coluna vertebral ainda no desenvolvimento embrionário. A escoliose congênita é um problema sério e interrompe o crescimento da estrutura que dá equilíbrio ao corpo humano.

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A falha pode ser oriunda da má formação ou segmentação das vértebras, ou de ambas as situações. O médico cirurgião ortopedista, Aldemar Roberto Rios, explica que a deformidade causa um desvio na coluna para direita ou esquerda, formando um “S” ou “C”. “A escoliose congênita pode aparecer já nas primeiras seis semanas de desenvolvimento do embrião. Ela é identificada quando o médico percebe uma formação incompleta da vértebra ou uma ou mais estão ligadas entre si de forma anormal em um lado. A incidência é desconhecida, mas estudos indicam que ela ocorre mais em meninas do que em meninos. Ela acontece em 1 para cada 1.000 nascimentos”, afirma o médico, membro da Sociedade Brasileira da Coluna.

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A escoliose congênita pode ser diagnosticada entre o terceiro e sexto mês de gestação, com os exames periódicos e a ultrassonografia. A importância em detectar cedo a deformidade evita problemas graves assim que o bebê nasce. “O prognóstico depende do tipo de anomalia e vai incluir estudos clínicos para visualizar alterações neurológicas, avaliações radiológicas, exames de tomografia e ressonância magnética”, explica.

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Tratamento para segurança da vida​

Identificar o problema pode evitar a sua progressão, que ocasiona lesões neurológicas graves e riscos de vida para o bebê. Diagnosticado em tempo, o tratamento da deformidade traz uma nova perspectiva para a saúde da criança. “Teremos deformidades rígidas de difícil correção, podendo levar a hemiplegia, que é a perda total dos movimentos dos membros inferiores, ou hemiparesia, com a diminuição de força. O médico tem que inibir, controlar ou estimular o crescimento da coluna, dependendo do caso da escoliose. O uso de coletes ou a reconstrução da coluna são alternativas seguras que trazem, para criança e para mãe, uma nova vida”, reflete Rios.