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CONVÊNIO E PARTICULAR
Dor nas costas é comum em esportistas
Apesar do condicionamento físico, atletas também sofrem com a lombalgia, que pode indicar problemas graves

Nem os atletas estão livres da dor nas costas. A lombalgia, como é chamada pelos médicos, é um sintoma comum de incômodo na região lombar, que pode indicar contraturas, lesões, traumas, ou até doenças mais graves. Dependendo do diagnóstico, atividades físicas e alongamentos podem amenizar ou acabar com a lombalgia. No entanto, os atletas profissionais e amadores, acostumados a se exercitar, devem ficar atentos, principalmente se o problema persistir.
Os movimentos repetitivos são os maiores “vilões” da dor nas costas. Conforme explica o cirurgião ortopedista, membro da Sociedade Brasileira de Coluna, Aldemar Roberto Rios, “entorses, distorções que causam desequilíbrio e fraturas por estresse são os diagnósticos que mais chegam ao consultório, frutos de movimentos repetitivos associados à condição do organismo do atleta”. O mais comum é a espondilólise, que ocorre, por exemplo, em ginastas, profissionais de futebol americano, judô, lutadores e em atletas que executam esportes com salto. “Profissionais dessas áreas trabalham com movimentos de extensão da coluna que, combinados com a flexão lateral dela, aumentam o esforço e ocasionam fraturas por fadiga em uma região da vértebra chamada pars interarticularis. Essa lesão pode causar outros problemas, como o deslocamento de partes da coluna e irritação da raiz nervosa”, detalha Rios.
Outro problema também fica por conta das fraturas de traumas durante a prática esportiva, principalmente em pessoas acima de 30 anos. “Os atletas de final de semana são os que mais estão sujeitos às lesões, por muitas vezes não seguirem um acompanhamento adequado. Em média, a partir dessa idade, os discos intervertebrais, que protegem e amortecem o atrito entre as vértebras na coluna, começam a apresentar complicações, decorrentes do desgaste”, comenta. Doenças como hérnia de disco e “bico de papagaio” podem surgir assim, de acordo com o especialista, bem como estenoses de canal lombar, escolioses degenerativas e torções.
Avaliações física e médica auxiliam a prevenção
O tratamento dos diagnósticos de lombalgia pode levar ao afastamento do atleta no esporte durante um período e desestimulá-lo a se exercitar, ou até manter a carreira. No caso dos amadores, ele pode indicar repouso e até procedimentos mais sérios. Para evitar isso, as avaliações médica e física antes do treinamento se tornam fundamentais. “A pessoa deve ter a orientação de um professor da área do esporte, especializado em educação física. No caso de quem está iniciando uma atividade ou a exerce esporadicamente, avaliações mais detalhadas, como a de cardiologistas ou ortopedistas, ajudam para que o início da prática esportiva seja adequado e previnem o corpo dos acidentes”, observa Rios.
Além da avaliação, o cirurgião ortopedista também lembra que aderir a novos hábitos pode auxiliar na prevenção da lombalgia. “Uma dieta irregular ou o vício do tabagismo podem comprometer a saúde do atleta e estão relacionados aos casos de lombalgia. O importante é não ignorar a dor lombar, que surge como sinal de alerta para possíveis complicações. Ela deve ser tratada para não comprometer a saúde e a carreira do esportista”, conclui.